E-Saúde |
Este projeto entende a e-saúde como o conjunto das redes de informação e comunicação sobre saúde, disponíveis online, dirigidas ao público em geral, mas também aos profissionais de saúde, assim como, todo o tipo de prestação de serviços, de informação, de construção de plataformas, de disponibilização de conteúdos e registo eletrónico de pacientes/ utentes, mas que estão disponíveis online, para serem consultados e utilizados, diretamente ou através de terceiros. |
Fonte: ec.europa.eu |
Segundo Plesk (1999) este conceito integra as alterações do paradigma/modelo da saúde no contexto de mudança global e caracteriza uma forma de pensar e de organizar a prestação de cuidados de saúde em rede, ligando o nível local ao regional, e este à escala mundial, sendo a linha de produção dos cuidados de saúde entendida como uma sucessão de etapas que derivam de trocas de informação e se refletem no consumo de bens físicos e de serviços (Plesk, 1999: 439). Genericamente, a e-saúde contribui para o estabelecimento de um novo modo de relacionamento entre o cidadão e os profissionais de saúde, assente no registo e na partilha das decisões e da informação; uma alteração da organização da prestação de cuidados de saúde, uma vez que implica mudanças estruturais e simbólicas no quotidiano profissional dos profissionais de saúde e ainda incorpora um conjunto de empresas que fornecem diversas ferramentas, soluções, produtos ou serviços, incluindo operações administrativas, sistemas de informação clínica, portais orientados para o consumidor, telemedicina e telesaúde.
O conceito de e-saúde agrega em si o potencial de maximizar a eficiência dos cuidados de saúde, a qualidade dos serviços prestados, a divulgação da produção de evidência científica, o empowerment dos cidadãos, o estreitamento da relação entre os profissionais de saúde e os cidadãos e a padronização da informação disponível, entre outras inter-relações. Contudo, incorpora riscos e desafios dos quais se destacam as questões éticas sobre os modos emergentes de interação entre os cidadãos e os profissionais de saúde no que respeita aos limites da informação a disponibilizar aos cidadãos, instigando a reflexão em torno da privacidade de cada um; o aumento da visibilidade da iniquidade no acesso às informações sobre saúde, pois aqueles que não são detentores de capacidade financeira, competências e acesso a computadores e a redes de comunicação, não podem partilhar este espaço de saúde de modo equitativo; e a falta de controlo da informação disponibilizada na procura de informações relacionadas com saúde, que pode expor os cidadãos a alguns riscos (Lupiañez, 2009). |
A Relação entre TIC, Utentes, Profissionais e Redes Tecnológicas de Gestão de Informação em Saúde |
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